quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Leiam este importante estudo feito por "Carlos Varaldo", presidente do Grupo Otimismo e da AIGA. A VOZ DO PACIENTE - Apresentando dados da "Pesquisa Sobre o Acesso ao Tratamento da Hepatite C no Brasil"

20/02/2014

Considerações:

Pela primeira vez é ouvido o principal interessado na hepatite C, aquele que vive na própria pele as conseqüências e problemas da doença e do atendimento medico. Até o momento tudo o publicado ou apresentado em congressos foram estudos realizados por profissionais da saúde retratando a sua percepção, mas sabemos que deste lado da mesa a situação é bem diferente e diversa. O que pode opinar um medico do tratamento se ele nunca experimentou aplicar-se o interferon?

Os pacientes é que conhecem a realidade, o paciente sente na pele os sintomas, a ansiedade, a depressão, o estigma, a discriminação, os efeitos colaterais e adversos e, não são coisas que existem somente na imaginação, na cabeça, como muitos já tiveram o infortúnio de escutar.

Agradecemos os 841 participantes, uma quantidade muito acima das expectativas, o dobro do esperado, o que ocasionou um trabalho bem mais demorado da analise que foi realizada em conjunto com a Assessoria de Monitoramento e Avaliação do Departamento DST/AIDS/HEPATITES do Ministério da Saúde e participação da Dra. Kycia Maria Rodrigues de Ó, do Hospital São Lucas - Petrópolis - RJ.

Ante a importância e significância dos resultados obtidos, que em muito poderão ajudar a conseguir melhoras no enfrentamento da epidemia e obter avanços no tratamento, tomamos a decisão de iniciar um programa que inclui uma serie de pesquisas especificas para conhecer os problemas, objetivando mostrar a médicos, pesquisadores e gestores o que deve ser mudado ou oferecido para melhorar os cuidados e atendimentos, sempre ouvindo pura e exclusivamente os próprios pacientes, motivo pelo qual o programa é chamado ''A VOZ DO PACIENTE''.

Já estamos enviando solicitação de inscrição para apresentação em alguns Congressos nacionais e internacionais e tentaremos a publicação do texto completo em alguma revista científica.

Por tanto é importante, muito importante, a maior participação possível de pacientes em cada uma das pesquisas que iremos lançando.


Resumo dos principais dados da "Pesquisa Sobre o Acesso ao Tratamento da Hepatite C no Brasil" - A VOZ DO PACIENTE


O objetivo principal era obter informação em todo Brasil a fim de ter elementos que possam fornecer dados e elementos para melhorar o atendimento no sistema público da saúde - SUS - e nos sistemas complementar e privado.

Para as entrevistas foi utilizado o sistema de pesquisas SurveyMonkey, um sistema reconhecido, comumente utilizado pelo médio científico, não permitindo a um entrevistado a participação mais de uma vez. A participação de 841 pacientes que responderam a pesquisa fornece estatisticamente um resultado que reflete muito bem o panorama.

Ao ser perguntado onde foi realizado o diagnostico (anti-HCV) da hepatite C, 60,57% responderam que foi numa consulta com médico particular; 21,22% ao realizar uma doação de sangue; 15,21% em hospital público ou posto de saúde; 1,68% em campanhas de testagem e 1,32% em Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA.

Somente 18,9% dos entrevistados procuraram a realização do teste diagnostico e 81,1% receberam o diagnostico da infecção pela hepatite C por acaso, ao fazer exames de rotina ou doar sangue.

Ao realizar o cruzamento dos dados dos 168 pacientes que representam os 18,9% dos entrevistados que procuraram a realização do teste diagnostico foi encontrado que 21,5% solicitaram o teste a um médico particular; 25,6% procuraram realizar o teste no sistema público; 30% procuraram um CTA; 21,4% procuraram uma campanha de testagem; 6,2% ante a duvida de estarem infectados realizaram uma doação de sangue e outros 16,7% realizaram o teste em lugares variados.

A confirmação do diagnostico por biologia molecular (PCR) aconteceu após o anti-HCV numa média de 6,4 meses, sendo realizada em 58,1% dos casos mediante um plano de saúde; 27,6% pelo sistema público de saúde e 14,3% pelo sistema privado (pagando).

Após a biologia molecular à biopsia foi realizada num período médio de tempo de 12,4 meses, sendo realizada em 63,3% dos casos pelo plano de saúde; em 25,1% no sistema público e em 11,6% de forma particular (pagando).

DISCUSSÃO

90% dos tratamentos de hepatite C no Brasil utilizando interferon peguilado e ribavirina são realizados no sistema público de saúde.

A porta de entrada ao sistema público é facilitada aos pacientes que possuem plano de saúde privado devido à facilidade da realização de exames complexos obrigatórios para o fornecimento dos medicamentos pelo protocolo de tratamento do SUS, em detrimento dos pacientes carentes que dependem exclusivamente do SUS.

Considerando que somente 25% da população brasileira possui plano de saúde, mas aproximadamente 60% dos pacientes em tratamento da hepatite C no sistema público de saúde possuem planos de saúde privados ficou constatado que essa procura do hospital público é devida ao não fornecimento dos medicamentos pelos planos de saúde.

O sistema de Planos de Saúde é suplementar da saúde pública, mas tal "suplementação" não está acontecendo na sua totalidade. A responsabilidade pela saúde do associado de um plano de saúde privado deve ser obrigatoriedade da operadora.

Sugerimos que os resultados da pesquisa sejam utilizados pelo Ministério da Saúde para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS - determine a realização do tratamento completo da hepatite C pelos Planos de Saúde, incluindo medicamentos, para permitir a abertura de vagas em hospitais públicos para pacientes carentes de recursos.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Esquecer-se de tomar as três doses da vacina para hepatite B pode causar sérios problemas

17/02/2014 


Taiwan foi um dos primeiros países do mundo a aplicar nas crianças recém-nascidas a vacina da hepatite B. Uma pesquisa para saber o que aconteceu 20 anos após com essas crianças revela os problemas que podem acontecer em quem não tomou as três doses recomendadas. 

Pesquisando registros oficiais de vacinação de 3,8 milhões de crianças vacinadas no nascimento e cruzando as informações com o Departamento de Câncer e atestados de óbito foi possível compreender o que aconteceu com aqueles, que embora vacinados, desenvolveram câncer hepático ou foram a óbito por insuficiência hepática fulminante. 

Foram encontrados nesses pacientes vacinados na infância 49 casos de câncer no fígado, 73 mortes por insuficiência hepática fulminante e 74 mortes por doença crônica do fígado. 

Dados de incidência sobre cada 100.000 habitantes/ano mostram que os nascidos antes do Programa Nacional de Vacinação o câncer de fígado foi de 0,293 casos contra somente 0,117 (casos a cada ano em cada 100.000 pessoas) nos que receberam a vacina no nascimento. 

As mortes por insuficiência hepática fulminante atingiram 0,733 casos nos nascidos antes do programa de vacinação contra somente 0,174 nos nascidos que receberam a vacina (casos a cada ano em cada 100.000 pessoas). 

A mortalidade por doenças hepáticas crônicas foi de 2,206 casos nos nascidos antes do programa de vacinação contra somente 0,177 nos nascidos que receberam a vacina (casos a cada ano em cada 100.000 pessoas). 

Chamou a atenção dos pesquisadores que a vacinação incompleta foi o mais importante fator de risco de câncer de fígado, insuficiência hepática fulminante e doenças hepáticas crônicas dos nascidos após existir o programa de vacinação. 

Dados de incidência dos que receberam a vacina no nascimento mostram que nos que não completaram a três doses da vacina o câncer de fígado foi 2,52 vezes superior que nos que completaram corretamente a vacinação. As mortes por insuficiência hepática fulminante foram 4,97 vezes maiores nos que não completaram a vacinação e, a mortalidade por doenças hepáticas crônicas foi 6,27 vezes superior nesses indivíduos. 

Concluem os pesquisadores que a imunização correta da hepatite B pode impedir de forma significativa o risco de longo prazo de câncer de fígado, insuficiência hepática fulminante e doenças crônicas do fígado, desde a infância até a idade adulta precoce

MEU COMENTÁRIO 

É importante prestar atenção em relação a não se esquecer de tomar as três doses da vacina da hepatite B no nascimento das crianças para estar seguros de ficar imunizado. 

Não é fácil para uma mãe seis meses após a primeira dose aplicada no nascimento lembrar-se de aplicar a terceira, mas é necessário tomar cuidado, olhar sempre a caderneta de vacinação, anotar na agenda ou marcar no calendário. 

Uma simples medida desse tipo pode evitar aborrecimentos irremediáveis daqui a poucos anos, quando a criança passar da adolescência. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Incomplete Hepatitis B Immunization, Maternal Carrier Status and Increased Risk of Liver Diseases: A 20-year Cohort Study of 3.8 Million Vaccinees - Yin-Chu Chien Ph.D., Chyi-Feng Jan M.D. Ph.D., Chun-Ju Chiang Ph.D., Hsu-Sung Kuo M.D. Ph.D., San-Lin You Ph.D., Chien-Jen Chen Sc.D.- Hepatology - DOI: 10.1002/hep.27048 - Accepted Article (Accepted, unedited articles published online and citable. The final edited and typeset version of record will appear in future.) 


Carlos Varaldo

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Gileade e os produtores de genéricos indianos estão em negociações para trazer Sovaldi a para a Índia

PT Jyothi Datta
Mumbai, 03 de fevereiro de 2014
Com sede na Califórnia Gilead Sciences Inc está em negociações com um punhado de empresas farmacêuticas locais para trazer o seu tão esperado tratamento para a  Hepatite C com Sovaldi (sofosbuvir) para a Índia.
"Nós vamos dar licença para as empresas indianas, assim haverá produção indiana do nosso produto para hepatite C .Estamos em discussões no momento. Esperamos anunciar as decisões nos próximos dois meses", disse Gregg H Alton, Vice-Presidente Executivo Corporativo e de Assuntos Médicos da Gilead, à Business Line.
A jogada da Gilead vem num momento em que a patente sobre sofosbuvir está sendo contestada no escritório de patentes Kolkata. A oposição foi apresentada no ano passado pelo grupo jurídico norte-americana I-MAK (Iniciativa de Medicamentos, Acesso e Conhecimento.
Sobre o preço da droga, Alton disse que as versões importadas e produzidas no local estariam atreladas a um preço menor do que o padrão atual de tratamento com produtos genéricos existentes, estimado em US $ 2.500 por seis meses.
Gilead propõe atrelar seu produto de marca importada em cerca de US $ 2.000, indicou, acrescentando que as discussões estavam em curso com grupos de pacientes antes que o preço fosse finalizado. "Nós vamos ser mais baratos do que isso (padrões atuais de tratamento), e nós vamos ser mais eficazes, menos tóxicos, mais fácil de usar e sem efeitos colaterais... Nós deixaremos as empresas indianas trazer o preço para baixo - eles devem escolher fazer isso", acrescentou.
Você precisa de três ou mais empresas para competir umas contra as outras para chegar verdadeiramente a um custo baixo, e "por isso, estaremos trabalhando provavelmente com três a cinco empresas diferentes", disse ele. Nos EUA, a droga da Gilead tem um preço de 84 mil dólares por 12 semanas.
O acordo da Gilead prestes a ser selado irá incluir pagamentos de royalties e cobrir cerca de 60 países de renda baixa e média, disse ele, acrescentando detalhes que foram discutidos durante a sua mais recente visita à Índia.
Sem entrar em detalhes sobre o caso de patentes, Alton disse: "Vamos defender as patentes, mas ao mesmo tempo, vamos trabalhar duro para permitir a produção de genéricos na Índia, com várias empresas."
Pelos prazos tradicionais, levaria pelo menos dois anos antes de o produto estar disponível na Índia, disse Alton. Os ensaios clínicos para testar a droga sobre a população local foram aprovados e os esforços são para agilizar este processo, acrescentou. Cerca de 15 locais foram identificados para executar os ensaios de Fase III para o fármaco, envolvendo cerca de 120 pessoas.
Anunciada para estar entre "os maiores avanços na medicina nos últimos 10 anos", Alton disse que a droga foi lançado nos EUA em dezembro passado, e Gilead e seus parceiros estão trabalhando para trazê-la para a Índia em breve.

Arair Azambuja – Presidente da AMAPHET, filiada ao MBHV

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Atualização de Bula do Inibidor de Protease para tratamento da Hepatite C

A bula do Boceprevir  foi atualizada para incluir as seguintes informações na Secção 5 - Advertências e Precauções:
5.4 pancitopenia (Uso com ribavirina e peginterferon alfa )
Casos graves de pancitopenia foram relatados pós-comercialização em pacientes que receberam Boceprevir em combinação com peginterferon alfa e ribavirina. 
O hemograma completo (com contagem diferencial de células brancas do sangue) deve ser obtida no pré-tratamento, e nas Semanas de Tratamento 2, 4, 8 e 12, e devem ser cuidadosamente monitorizados em outros momentos, clinicamente apropriados.

Além disso a Secção 6.2 - Experiência pós-comercialização, foi atualizado para incluir agranulocitose, pancitopenia , trombocitopenia, pneumonia e sepse.
As informações de Aconselhamento aos pacientes e o Guia de Medicação também foram atualizados para refletir essas alterações .
A Bula  revista completa pode ser visto em Drugs@FDA
Boceprevir é um produto da Merck Sharp & Dohme Corp.
Richard KleinOffice of Special Health IssuesFood and Drug Administration
Kimberly StrubleDivision of Antiviral Drug Products
Food and Drug Administration
-----------------------------------------
Arair Azambuja - Presidente da AMAPHET, filiada ao MBHV

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Qual o tratamento ideal na hepatite C aguda?


O tratamento da hepatite C aguda (nos seis primeiros meses após acontecer a infecção) ainda não foi padronizado e várias questões ainda não estão resolvidas. 

Um estudo multicêntrico randomizado aberto para a eficácia e a segurança do tratamento com interferon peguilado alfa -2b, sozinho ou com a ribavirina em pacientes com hepatite C aguda foi publicado na revista "Hepatology". 

Cento e trinta infectados recentemente infectados (menos de seis meses da infecção) que não eliminaram o vírus espontaneamente na semana 12 após a infecção, foram inscritos consecutivamente e randomizados para receber em monoterapia interferon peguilado alfa -2b (1,5 mcg / kg / semana) por 24 ou 12 semanas (44 e 43 pacientes em cada grupo), e outros 43 pacientes recebendo tratamento com interferon combinado com ribavirina (10,6 mg / kg / dia) durante 12 semanas. Todos os pacientes foram seguidos durante 48 semanas após a interrupção da terapia. 

O total de pacientes curados no total de todos os que iniciaram o tratamento foi de 71,5%, sendo de 70,5% no tratamento de 12 semanas sem ribavirina, de 72,1% no tratamento de 24 semanas sem ribavirina e de 72,1% no tratamento de 12 semanas com interferon peguilado e ribavirina. Dezesseis pacientes (12,3%) interromperam o tratamento prematuramente ou foram perdidos no seguimento. 

Concluem os autores a possibilidade de cura dos casos agudos de hepatite C utilizando interferon peguilado alfa -2b não é influenciada pela duração do tratamento ou pela utilização da ribavirina. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Acute hepatitis C: A 24 week-course of Peg-Interferon alpha-2b versus a 12 week-course of Peg-Interferon alpha-2b alone or with ribavirin - Santantonio T, Fasano M, Sagnelli E, Tundo P, Babudieri S, Fabris P, Toti M, Perri GD, Marino N, Pizzigallo E, Angarano G; Acute Hepatitis C Study Group - Infectious Diseases, University of Foggia, Italy - Hepatology. 2014 Jan 18. doi: 10.1002/hep.26991 


Carlos Varaldo
Grupo Otimismo


Qual será o preço do tratamento da hepatite C nos próximos 15 anos?



Pesquisa publicada na revista Clinical Infectious Diseases calculou quanto poderá chegar a custar o tratamento da hepatite C nos próximos 15 anos quando o tratamento for possível em larga escala nos países em desenvolvimento, chegando a estimativa que o tratamento oral de 12 semanas de duração deverá se situar entre 100 e 250 dólares. 

O estudo foi realizado por pesquisadores do Departamento de Farmacologia e Terapêutica da Universidade de Liverpool, Reino Unido, analisando a combinação de diversos medicamentos orais já existentes ou em fases finais das pesquisas para tratamento de pacientes que receberiam tratamento antiviral pela primeira vez. 

Os novos medicamentos chamados de DAAs têm mecanismos de ação e estruturas químicas similares aos anti-retrovirais para a infecção pelo HIV/AIDS. Anti-retrovirais genéricos ou similares são atualmente fabricados a preços muito baixos, possibilitando tratar 10 milhões de pessoas com HIV/AIDS nos países em desenvolvimento. 

Quatro DAAs para tratamento da hepatite C atualmente na Fase III de desenvolvimento ou já aprovados(daclatasvir, sofosbuvir, simeprevir e faldaprevir) e a ribavirina foram classificados pela estrutura química, peso molecular, a dose diária total e a complexidade da síntese para produzir um medicamento genérico, calculando o preço final de produção com base no tratamento de no mínimo um milhão de pacientes por ano para cada medicamento. 

Os custos de produção variam para cada produto devido a sua complexidade, estimando então para tratamentos de 12 semanas de duração em pacientes nunca antes tratados nos seguintes valores: 

- Ribavirina - Entre 21 e 63 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Daclatasvir - Entre 10 e 30 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Sofosbuvir - Entre 68 e 136 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Faldaprevir - Entre 100 e 210 dólares para 12 semanas de tratamento. 

- Simeprevir - Entre 130 e 270 dólares para 12 semanas de tratamento. 

MEU COMENTÁRIO 

Sei que é um sonho que levará muito tempo, muitos anos para se concretizar, mas sonhar não custa nada e seja como seja é uma esperança para algum dia poder chegar a oferecer tratamentos a todos os infectados dos países em desenvolvimento, os mais carentes de recursos. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Minimum costs for producing Hepatitis C Direct Acting Antivirals, for use in large-scale treatment access programs in developing countries - Hill A, Khoo S, Fortunak J, Simmons B, Ford N. - Department of Pharmacology and Therapeutics, Liverpool University, UK. - Clin Infect Dis. 2014 Jan 6. 


Carlos Varaldo

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ALERTA - Pesquisadores descobrem que o vírus da hepatite C pode sobreviver por até 6 semanas fora do organismo


10/02/2014 

Pesquisadores da Escola de Medicina de Yale dos Estados Unidos em artigo publicado na revista "Journal of Infectious Diseases" relatam que diferentemente do que se acreditava da sobrevivência do vírus fora do organismo com poder infectante ser de 4 dias, eles encontraram que sob determinadas condições o vírus pode infectar por um período muito mais longo, de até seis semanas. 

Pessoalmente considero que o resultado para ser aceito deverá ser validado por outros pesquisadores, pois o estudo foi realizado somente com o genótipo 2-a do vírus da hepatite C e não com todos os genotipos, ficando então a duvida se a sobrevida do vírus é igual para todos os genotipos. 

Se os resultados são confirmados a descoberta terá implicações para a segurança dos pacientes, profissionais da saúde, bem como para a redução da transmissão da hepatite C entre usuários de drogas injetáveis, compartilhamento de instrumentos cortantes, como os de manicures, etc. 

Os pesquisadores colocaram amostras de sangue infectadas com o genótipo 2-a do vírus da hepatite C em placas e as mantiveram durante seis semanas em temperaturas de 4º, 22º e 37º graus Celcius. A possibilidade de transmitir a hepatite C foi determinada por ensaios de microcultura. Tal possibilidade foi encontrada. 

Com o passar do tempo a capacidade infecciosa das amostras diminuía paulatinamente, chegando as seis semanas com baixo nível de titulação nas amostras conservadas nas temperaturas de 4º e 22º graus. A amostra conservada a 37º graus não apresentou possibilidade de infecção após seis semanas de armazenamento. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Hepatitis C Virus Maintains Infectivity for Weeks after Drying on Inanimate Surfaces at Room Temperature: Implications for Risks of Transmission - Elijah Paintsil, Mawuena Binka, Amisha Patel, Brett D. Lindenbach and Robert Heimer - The Journal of Infectious Diseases - (2013) doi: 10.1093/infdis/jit648 - First published online: November 23, 2013 


Carlos Varaldo

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Hepatite Fulminante


03/02/2014 

A hepatite fulminante (insuficiência hepática aguda) é rara de acontecer, mas importante por ser potencialmente mortal. Atinge em geral pessoas sadias adultas ou em muitos casos infectados com hepatite B e C sem anticorpos da hepatite A caso venham se infectar com hepatite A. 

A insuficiência hepática aguda é um dano hepático grave e quando acontece caso não seja revertida necessita de um transplante de fígado imediato. O diagnostico é dado pelo inicio da aparição dos sintomas e o desenvolvimento da encefalopatia, o que ocorre geralmente em oito semanas. O tempo em aparecer a encefalopatia fornece informações sobre as prováveis complicações e o prognostico da evolução. 

Nos casos mais rápidos a encefalopatia aparece em até 1 semana, geralmente esses casos são causados por altíssimas dosagens de paracetamol ou pela infecção de um vírus, em geral a hepatite A. Os casos mais lentos em geral são causados por medicamentos ou de causas indeterminadas apresentando coagulação e encefalopatia menos pronunciada, mas a evolução é pior que naqueles em que apresentam um inicio mais rápido dos sintomas. 

As hepatites A e E são as responsáveis pela maioria dos casos de hepatite fulminante, com taxas de morte superiores aos 50% em países subdesenvolvidos. A hepatite B também pode causar hepatite fulminante caso infectados negativados apresentem uma reativação do vírus. 

A vacinação para prevenir as hepatites A e B é altamente recomendada. Pessoas com doenças que afetam o fígado, assim como indivíduos com doenças crônicas ou que devem realizar tratamentos quimioterápicos ou que afetam a imunidade devem ser vacinados para prevenção das hepatites A e B caso não apresentam anticorpos. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Acute Liver Failure - William Bernal, M.D., and Julia Wendon, M.B., Ch.B. - N Engl J Med 2013; 369:2525-2534 


Carlos Varaldo
Carlos Varaldo é Presidente do Grupo Otimismo e da AIGA.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Fórum de Hepatites Virais em Minas Gerais - Belo Horizonte - 02/2014

Foi um ótimo evento o Forum de Hepatites Virais em Belo Horizonte, parabéns ao dr Fábio Mesquita e equipe do MS.































Claudio Costa
Grupo Amarantes

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Descoberta da Hepatite C faz 25 anos

Importante este video do Grupo Esperança/SP, ele mostra alternativas para quem não conseguiu ficar curado, e acima de tudo mostra que a fraternidade é o melhor caminho....


http://www.recordlitoral.com/videos-play.asp?video=0129_EBG_PERSONAGEM_SAUDE&programa=BALAN%C3%87O+GERAL&data=29%2F01%2F2014&titulo=Descoberta+da+hepatite+c+faz+25+anos


Claudio Costa
Grupo amarantes