segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tratamento e prevenção das doenças autoimunes


Entre as hepatites existe a chamada autoimune, mas também a hepatite C apresenta muitas vezes comorbidades que desencadeiam doenças autoimunes, muitas vezes durante o tratamento com interferon, como psoríases, fibromialgia, psoríase, problemas nas tiroides, crioglobulinemia, doenças colostáticas, hepatite auto-imune, entre outras. 

A revista "The Journal of Complementary and Integrative" publica um interessante artigo sobre o efeito benéfico dos probióticos na prevenção e tratamento de diferentes doenças autoimunes. O estudo detalha que quando a mucosa intestinal fica "permeável" é alterada a capacidade de resposta imune intestinal, criando um ambiente perfeito para o desenvolvimento de doenças autoimunes. Os probióticos recompõem a microflora intestinal e diversos tipos de probióticos estimulam as células T de defesa do organismo. 

Embora exista uma grande quantidade de dados conflitantes sobre os efeitos preventivos e terapêuticos do probióticos em anúncios de venda de suplementos, segundo os autores da pesquisa há evidencias promissoras para recomendar a sua utilização 

Outro artigo, publicado no "Cellular and Molecular Life Sciences", que se bem não pesquisou as doenças autoimunes e sim os transtornos do humor chegou a conclusão semelhante. Os pesquisadores mostram a importância da colonização bacteriana do intestino e sua importância para o desenvolvimento normal de muitos aspectos da fisiologia, tais como o sistema imunológico e o sistema endocrínico. 

Os autores citam que existem evidencias robustas de que bactérias intestinais influenciam o sistema nervoso entérico (Explicando: O sistema nervoso entérico é uma rede de neurónios que integram o sistema digestivo do trato gastrointestinal, pâncreas, e vesícula biliar) 

Concluem afirmando que uma maior compreensão dos mecanismos de ação das bactérias intestinais ajuda a identificar o potencial de estratégias terapêuticas a base de microorganismos para auxiliar no tratamento de transtornos do humor. 

MEU COMENTÁRIO Os probióticos são alimentos considerados funcionais. São microorganismos que, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos para a saúde. Esses organismos são adicionados aos alimentos industrializados, como os leites fermentados, iogurte, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. As mais conhecidas bactérias que exercem essa função são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial Lactobacillus acidophillus. Elas agem produzindo compostos antimicrobianos e antibacterianos, ou seja, favorecem a presença de bactérias benéficas ao organismo e diminuem a concentração de bactérias e microorganismos indesejáveis. 

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Any role for probiotics in the therapy or prevention of autoimmune diseases? Up-to-date review - Özdemir Ö. - J Complement Integr Med. 2013 Aug 6;10. pii: /j/jcim.2013.10.issue-1/jcim-2012-0054/jcim-2012-0054.xml. doi: 10.1515/jcim-2012-0054.

Voices from within: gut microbes and the CNS. - Forsythe P, Kunze WA. - Cell Mol Life Sci. 2013 Jan;70(1):55-69. doi: 10.1007/s00018-012-1028-z. Epub 2012 May 27. 



Carlos Varaldo

domingo, 22 de dezembro de 2013

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo


O Grupo Amarantes deseja a todos os amigos, um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações!!!


Claudio Costa
Grupo Amarantes

sábado, 21 de dezembro de 2013

Mensagem de final de ano - Vinte anos de hepatite C

Mensagem de final de ano - Vinte anos de hepatite C



O primeiro congresso que teve a hepatite C como principal destaque aconteceu em Veneza, Itália, em 1992, isso somente três anos após a descoberta do vírus e no ano seguinte em que apareceram os primeiros testes de anticorpos para diagnosticar a presença do vírus, os quais começaram a ser utilizados nos bancos de sangue a partir de 1992/1993. 

Naquela época tudo era muito novo. Até então se falava de um vírus da hepatite desconhecido, que não era nem hepatite A nem hepatite B e por isso, casos de hepatites após uma transfusão de sangue eram chamados de hepatite não-A-não-B. 

O evento em Veneza nem sequer poderia ser chamado de congresso, pois era tão escasso o conhecimento da hepatite C e seu vírus que o evento poderia ser considerado um simpósio. 

O tratamento era uma incógnita, pois não existia o teste para determinar o genótipo e a ribavirina passa ser utilizada somente cinco anos depois. Naquela época o único medicamento existente era uma marca de interferon recombinante (convencional) com recomendação de utilizar três aplicações durante seis meses em todos os pacientes e a cura era obtida por entre 7% e no máximo 10% dos pacientes tratados. 

Afortunadamente a hepatite C é a doença causada por vírus que mais avançou nas pesquisas e no tratamento. Em 20 anos de descoberta já dispõe de medicamentos aprovados ou em vias de aprovação, que conseguem curar entre 90% e 95% dos pacientes tratados, em somente 12 semanas de terapia oral, quase sem efeitos colaterais. 

Aquele simples simpósio foi o pontapé inicial onde pesquisadores, médicos e indústria começaram a se reunir em pequenos grupos de discussão para trocar experiências. Passados 20 anos é impressionante ver que o Congresso Americano e o Europeu de Fígado conseguem juntar 12.000 participantes e são apresentados mais de 2.500 trabalhos em cada um deles. 

Em setembro de 2014 estará acontecendo a vigésima edição do congresso de Veneza, uma data que deverá ser celebrada por todos aqueles que de uma ou outra forma participam e colaboram para conseguir medicamentos para vencer a hepatite C. 

Com a chegada dos novos medicamentos orais que serão aprovados nos próximos meses afirmo categoricamente que 2014 será o ano da virada no enfrentamento da hepatite C, por isso desejo a todos um Feliz Natal e certamente um excelente 2014. 

Juntos poderemos vencer a hepatite.


Carlos Varaldo
Grupo Otimismo