quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medicamento para reverter à fibrose

A empresa "FibroGen" informou que deu inicio a fase 2 do ensaio clínico para avaliar a eficácia do medicamento FG-3019, um anticorpo monoclonal humano com o propósito de atuar contra o fator de crescimento do tecido conectivo (connective tissue growth factor - CTGF).

O estudo, com duração de dois anos está sendo realizado em Hong Kong, inclui 144 pacientes infectados com hepatite B que apresentam fibrose moderada ou grave, que nunca receberam qualquer tipo de tratamento antiviral. Todos os pacientes serão tratados com Entecavir, sendo que dois terços deles receberão também o FG-3019 e um terço receberão o Entecavir e um placebo.

O Entecavir já demonstrou que consegue reduzir o grau de fibrose nos infectados pela hepatite B. Após 48 semanas de tratamento entre 35 e 40% dos pacientes tratados com Entecavir conseguem reduzir a fibrose em 1 ponto, quando avaliada pela escala de Ishak, fato que foi uma descoberta importantíssima, pois não se esperava que um medicamento antiviral também apresentasse tal benefício no tratamento da hepatite B.

Os autores do estudo com o FG-3019 pretendem estudar a possibilidade de aumentar a regeneração do fígado, aumentando a velocidade de regeneração das células hepáticas durante o tratamento com o Entecavir. Acreditam que ao inibir a ação do fator de crescimento do tecido conectivo (connective tissue growth factor - CTGF) a regeneração do fígado será acelerada e poderá beneficiar todos os pacientes em tratamento da hepatite B, em especial nos pacientes que apresentam fibrose avançada ou cirrose.

Entendendo o CTGF:

O fator de crescimento do tecido conectivo (connective tissue growth factor - CTGF) é encontrado em níveis reduzidos em pessoas adultas sadias, porém níveis elevados do CTGF são encontrados em indivíduos que apresentam fibrose ocasionada por qualquer doença que esteja atacando o fígado. Os níveis elevados do CTGF são encontrados no tecido hepático e no sangue dos pacientes com fibrose hepática crônica.

Estudos clínicos já demonstraram que ao bloquear geneticamente o CTGF é possível prevenir e reduzir a fibrose hepática. O-3019 conseguiu reduzir o processo de fibrose pulmonar induzida por radiação.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Press release of FibroGen, Inc. - San Francisco, CA - October 14, 2010 - www.fibrogen.com

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alerta europeu sobres às hepatites B e C

Conferencia realizada por médicos, pesquisadores e grupos de pacientes de toda Europa resultou na recomendação de um alerta a comunidade européia denunciando que muitos países não aplicam políticas efetivas de prevenção, detecção, vigilância epidemiológica e programas de diagnostico precoce que possam deter a epidemia. É estimado que existam 23 milhões de pessoas que vivem em Europa infectadas com as hepatites B e C.

O professor Massimo Colombo, da Universidade de Milão explicou que existe o conhecimento e as ferramentas disponíveis para realizar a prevenção, o diagnostico e oferecer os tratamentos, mas que falta aos governos aplicar corretamente os instrumentos necessários para enfrentar a situação.

Foram colocados como as principais causas para não conseguir uma gestão eficaz nas hepatites B e C, a falta de diagnostico precoce dos já infectados e a informação inadequada e equivocada sobre formas de prevenção.

Colocam como exemplo que a maioria dos profissionais da saúde não sabem reconhecer os primeiros sintomas de problemas hepáticos e desconsideram possíveis situações de risco para indicar o teste de detecção. Em relação à vacinação da hepatite B muito se avançou em relação a crianças, mas falta muito a ser feito em relação a adolescentes e adultos.

Alertam sobre a prevenção secundaria, isto é, diagnosticar os que já estão infectados, como a maior deficiência em toda Europa, a exceção de Francia e Escócia, os quais estão realmente trabalhando seriamente no diagnostico precoce.

Nadine Piorkowsky, presidente da ELPA - Associação Européia de Pacientes Hepáticos - fez um chamado aos governos para que sejam realizadas propostas concretas de forma imediata, como única ação para evitar uma tragédia.

O artigo completo, em inglês, é encontrado em
http://www.medicalnewstoday.com/articles/204813.php

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

sábado, 23 de outubro de 2010

Medicina Biotecnológica

Participei ontem do Seminário organizado pelo Comitê de Saúde da Britcham - Centro Brasileiro Britânico - com o objetivo de discutir as tendências da regulamentação do registro de produtos biológicos no Brasil.

Mês passado a ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância em Saúde - realizou consulta pública na internet para regulamentar o registro de medicamentos biológicos, sejam eles medicamentos inovadores (novos medicamentos) ou medicamentos biosimilares (similar ao medicamento original), um assunto que está gerando muita e acalorada discussão devido às conseqüências e problemas que uma regulamentação muito liberal pode resultar em relação à segurança e efetividade se o processo de registro não for corretamente avaliado.

O seminário contou com a presença de expertos dos Estados Unidos, México e Colômbia, países que colocaram sua experiência, teve também dois especialistas brasileiros e uma representante da ANVISA.

A maior apreensão da sociedade civil é em função da forma como as consultas públicas da ANVISA estão sendo realizadas, podendo ser consideradas como uma verdadeira "caixa preta" em relação à apreciação das contribuições realizadas. As consultas são colocadas no site da ANVISA e democraticamente qualquer interessado pode colocar suas contribuições ao texto apresentado como sugestão inicial, a seguir a ANVISA consolida as contribuições recebidas e redige o texto final.

Falei em "caixa preta" porque as contribuições não são disponibilizadas publicamente na internet, assim, não existe uma resposta especifica para cada contribuição sobre os motivos pelos quais foi considerada, ou não, por parte da ANVISA, tornado então o processo que em princípio parecia democrático em um processo de via única, totalmente antidemocrático. Pior ainda, nem sequer existe certeza se serão realizadas audiências publicas para discutir o texto final antes da sua publicação.

O Grupo Otimismo participou da consulta publica contribuindo com informações referentes ao Interferon Peguilado e aos Fatores de Crescimento, solicitando que, por se tratar de medicamentos que atuam sobre a imunomodulação do organismo podem "despertar" uma seria de doenças auto-imunes, inclusive câncer, conseqüências essas que podem acontecer muito tempo (anos em alguns casos) após a utilização de tais medicamentos.

Por isso achamos que em hipótese alguma medicamentos com tais características farmacocinéticas deveriam poder solicitar o registro pelas vias da comparabilidade ou da não inferioridade, devendo em todos os casos serem considerados, para efeito do registro, como medicamentos inovadores, com a devida exigência da realização de todas as etapas do respectivo ensaio clínico que assegure a sua segurança.

Na discussão durante o seminário coloquei para a representante da ANVISA tais preocupações, referendadas por muitos dos presentes. A representante da ANVISA informou que irão existir limitações para o registro de determinados grupos de medicamentos biosimilares, mas confesso que não senti muita firmeza na resposta.

Em geral todas as colocações dos expertos e dos presentes no seminário é que não existe possibilidade de comparabilidade nos medicamentos biológicos, ficando praticamente unânime que sempre, em especial em relação à segurança, deveria ser exigida a realização das três fases do ensaio clínico para que o medicamento seja aprovado.

Bom, a ANVISA é soberana e possui o poder da caneta, mas se o texto final for redigido com o objetivo de facilitar o registro de medicamentos biológicos biosimilares com o intuito puro e simples de reduzir o preço, sem atentar rigorosamente para a segurança dos pacientes, o caminho será o Judiciário e o Ministério Público, caminho que o Grupo Otimismo conhece muito bem e pelo qual sempre se obtém sucesso.


Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Boa notícia na hepatite B! - Entecavir aprovado para tratamento da hepatite B em pacientes descompensados

Ontem, o FDA - Food and Drug Administration, agencia dos Estados Unidos que controla os medicamentos, aprovou o Entecavir para o tratamento da hepatite B em pacientes com função hepática descompensada ou insuficiência hepática.

A aprovação foi referenciada em função do ensaio clinico em fase 3 comprovando que o Entecavir foi mais eficaz que o Adefovir no tratamento de pacientes descompensados, considerados os mais difíceis de tratar.

Após 48 semanas de tratamento, 57% dos pacientes tratados com Entecavir se encontravam com carga viral indetectável, contra 20% dos pacientes tratados com Adefovir.

O ensaio clínico foi realizado empregando a dosagem de um comprimido de Entecavir de 1 mg ao dia.

Aqui faço um parêntesis para meu protesto, alertando sobre o absurdo desperdiço do dinheiro público no Brasil. Os pacientes tratados pelo SUS com recomendação de dosagem de 1 mg devem tomar dois comprimidos ao dia. Inexplicavelmente o ministério da saúde somente compra os frascos com comprimidos de 0,5 mg, sendo que o frasco de 1 mg custa exatamente igual que o frasco de 0,5 mg, ambos os frascos com o mesmo número de comprimidos, assim, os pacientes que recebem a dosagem de 1 mg recebem dois frascos e o governo gasta exatamente o dobro do dinheiro para tratar os pacientes. Isso já foi denunciado, mas como o dinheiro é do povo o programa nacional de hepatites e o ministério da saúde continuam desperdiçando o dinheiro que pagamos com os impostos.

O Press Release completo, divulgado ontem, se encontra em http://www.bms.com/news/press_releases/pages/default.aspx?http://www.businesswire.com/news/bms/20101018006266/en&t=634230203543756986

Claudio Costa
Grupo Amarantes

Campanha Nacional de alerta contra a Hepatite C - Vários atletas da década de 60. 70 e 8o foram contaminados pelo vírus da hepatite c

Os números apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são alarmantes: No mundo, cerca de 200 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da hepatite. No Brasil, três milhões são portadores dos tipos B e C, sendo os atletas das décadas de 60, 70 e 80, uma das categorias mais afetadas.

Com o objetivo de chamar a atenção da população, em especial dos atletas, para o problema, o presidente da Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP), Wilson Piazza, capitão da seleção brasileira campeã da Copa do Mundo da década de 1970 está a frente da campanha nacional de conscientização contra as hepatites virais, juntamente com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH).

Segundo o presidente da SBH, Raymundo Paraná, a maioria dos atletas daquela época está contaminada e não busca tratamento por não saber que corre o risco de estar doente, já que o vírus evolui silenciosamente por décadas, chegando a fases avançadas de insuficiência hepática ao longo de 20 a 40 anos, perdendo assim a chance de diagnóstico e do tratamento em fases reversíveis da doença.

O fato de tantos atletas estarem contaminados pelo vírus da Hepatite C se deve à forma de serem tratados à época. Era comum a utilização de seringas de vidro mal esterilizadas na aplicação de medicamentos. Os ex-atletas, principalmente jogadores de futebol, foram vítimas desta prática não só para aplicação de vitamínicos e estimulantes, como também para as famosas infiltrações de corticóide para conter as dores articulares, fruto do desgaste. Neste contexto também foram expostos uma legião de atletas amadores.

Para o presidente da FAAP, Wilson Piazza, o número de portadores da hepatite é surpreendente. “A impressão que temos é que só não está doente quem não fez o exame e ainda não sabe. Por isso o trabalho de conscientização é fundamental para que os ex-atletas procurem as unidades de saúde, façam os exames e, se necessário, o tratamento”, ressaltou Piazza.

ENTIDADES SE UNEM EM ALERTA CONTRA A HEPATITE C

A Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) e a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) estão à frente da campanha nacional de alerta contra a Hepatite C que deverá ser levada a termo até 19 de maio deste ano, dia mundial da Hepatite C.
Por mais de uma década o Brasil tem dedicado especial atenção à AIDS e tem demonstrado que é um país capaz de responder às suas demandas por meio do departamento DST/AIDS, motivo de orgulho para todos os brasileiros. Agora, sabiamente, este departamento do Ministério da Saúde aumentou o seu escopo de ação tornando-se o departamento DST/AIDS/Hepatites Virais, em reconhecimento a importância do tema. Infelizmente as Hepatites Virais, embora como problema de saúde pública de impacto inigualável, ainda não conseguiu ter a sua visibilidade no limite da sua importância.

A Organização Mundial da Saúde reconhece que no mundo existem 300 milhões de portadores do vírus da hepatite B e 200 milhões do vírus da Hepatite C. No Brasil. Os dados são escassos, mas a maioria dos estudos demonstra heterogeneidade na distribuição do vírus da Hepatite B que se situa mais nas pequenas cidades localizadas, sobretudo, nas regiões mais pobres do país (Norte e Nordeste), enquanto que o vírus da Hepatite C tem uma distribuição mais homogênea.

A partir destes estudos, pode se definir que mais de dois milhões de brasileiros estão infectados, mas a maior parte deles se encontra fora da rede SUS, até porque esta é uma doença que evolui silenciosamente por 2 a 4 décadas.

A Hepatite C lota os ambulatórios de Hepatologia do país. É responsável pela indicação de mais de 80% das Biopsias de fígado na Bahia e por cerca de 60% dos transplantes de fígado no país. Apesar dos números alarmantes, poucos brasileiros alcançam a rede de saúde para tratar a doença. Também há a necessidade de mais programas de Educação Médica Continuada aliados à programas de educação a esclarecimento à população. No caso particular da Hepatite C, temos peculiaridades no Brasil que justificam campanhas de esclarecimento com elevadas chances de sucesso na introdução de muitos pacientes portadores do Vírus na rede pública de saúde.

A Hepatite C tem cura e controle se tratada a tempo. O Ministério da saúde oferece o caríssimo tratamento cuja duração varia de 24 a 48 semanas. Falta detectar os pacientes que estão fora da rede de assistência.

MEMÓRIA

Em 1999, o ambulatório de doença de fígado do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da UFBA, em Salvador-BA, observou um elevado número de ex-jogadores de futebol da Bahia frequentando o ambulatório. Um deles me referiu à perda de muitos colegas contemporâneos do seu time da região de Feira de Santana/BA.

Naquele momento, foi solicitado ao este paciente que convocasse todos os seus colegas, doentes ou não, para uma avaliação. Para surpresa de todos, quatro deles atenderam ao pedido e foram avaliados. Todos tinham Hepatite C, embora três deles não tivessem qualquer sintoma. Realizada a análise genética do Vírus percebeu-se que se tratava da mesma fonte. Este artigo foi publicado em 1999 na conceituada revista médica internacional American Journal Gastroenterology.

A partir de então, vários hepatologistas do Brasil se manifestaram no intuito de confirmar que tinham exatamente esta mesma experiência nos seus ambulatórios em São Paulo, Mato Grosso, Ceará e Rio Grande do Sul. Posteriormente, um dos médicos do Rio Grande do Sul apresentou no Congresso da Associação Européia para o Estudo do Fígado – EASL, o acompanhamento de 71 ex-jogadores de futebol da década de 70 e 80 portadores de Hepatite C.

Na Bahia, em 2007, uma campanha de esclarecimento capitaneada pelo ex-craque de futebol do esporte clube Bahia, Douglas, permitiu a avaliação de mais de 50 ex-jogadores de futebol do estado. Na avaliação dos fatores de risco desta época, percebeu-se que estes indivíduos eram expostos a sucessivas injeções de complexos vitamínicos e estimulantes endovenosos (tiaminose, complexo B com vitamina C, glicose, glucanergam, energizam e etc.). Além disso, sofriam sucessivas infiltrações articulares para conter os desgastes das suas articulações pela maratona de jogos.

As seringas utilizadas eram de vidro, com pouco tempo para esterilização, por isso a transmissão se dava entre todos os companheiros, muitas vezes nos vestiários dos seus clubes de futebol. Esta prática não era só dos jogadores profissionais. Muitos clubes amadores das ligas das pequenas cidades do interior do país a utilizavam também, seguindo o espelho dos ídolos dos clubes maiores. Ainda segundo a SBH, esta prática também era comum, principalmente no Nordeste, entre os foliões do carnaval e das micaretas, os quais recorriam às farmácias para tomar glicose no imaginário de que estariam protegendo os seus fígados dos males causados pelo excesso de álcool. Assim, esta forma de contaminação se tornou o principal fator de risco para Hepatite C no país, entre homens, que atualmente chegam aos ambulatórios e que têm idade superior a 45 anos.

Esta é uma peculiaridade brasileira que precisa ser muito bem esclarecida, uma vez que nas campanhas habitualmente implementadas pelos órgãos competentes, fala-se muito nos usuários de drogas ilícitas, todavia os pacientes contaminados pelos vírus da Hepatite C não se expuseram ao uso venoso de droga ilícita como aconteceu na Europa e nos Estados Unidos. Este contraste é nítido. Na Europa, 70% dos pacientes masculinos nessa faixa etária, portadores de Hepatite C, têm o uso de drogas ilícitas como causa da sua contaminação. No Brasil, menos de 5% dos pacientes tem como causa drogas ilícitas, contudo o uso de medicamentos lícitos, mas com manipulação inadequada de seringas de vidro e agulhas foi o grande risco de contaminação.

CAMPANHA

Em face à essa questão, a FAAP e a SBH buscam, por meio de campanha nacional, alertar os atletas sobres estes riscos. O envolvimento dos ex-jogadores de futebol é oportuno no país do futebol no ano da Copa do Mundo. Não só ajudará a quebrar preconceitos como também proporcionará um grande impacto alcançando os objetivos de informação e educação da população.

Maiores informações:

Federação das Associações de Atletas Profissionais
Setor Bancário Sul - Qd. 02 - Lote 15 - Bl. E
Ed. Prime - Salas 801/805 - CEP: 70070-120

Assistam o vídeo: "Atletas da década de 60 70 e 80 são contaminados pelo vírus da hepatite c"
http://www.youtube.com/watch?v=GZCRbSWaQJs
Brasília - DF – (61) 3034-9400
http://www.faapatletas.com.br/

ACESSO À SAÚDE - PROGRAMA VIA LEGAL

Os problemas envolvendo questões ligadas à saúde são o tema o tema de boa parte dos quase 90 milhões de processos que aguardam decisão da Justiça em todo o país. É gente que briga pelo tratamento correto, por uma vaga de UTI e, principalmente, por remédios. Um quadro atribuído à omissão do Estado que obriga o cidadão a recorrer aos tribunais até mesmo para garantir direitos básicos.

Assista na TV o programa na integra:

TV Justiça:
Domingo 17 de outubro - 18h00hs

TV Cultura:
Segunda-Feira 18 de outubro - 7h30

TV Brasil:
Domingo 17 de outubro - 6h00

ASSISTA NA INTERNET UM RESUMO DO PROGRAMA EM:

http://programavialegal.blogspot.com/2010/10/acesso-saude.html

Claudio Costa
Grupo Amarantes

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quais vacinas são necessárias na prevenção das hepatites A, B e C?

Para evitar as hepatites A e B existem vacinas seguras e altamente eficazes

HEPATITE A

A forma mais eficaz de prevenção da hepatite A é vacinar todas as crianças ao completar 12 meses de idade. Alguns países recomendam a aplicação de uma segunda dose de reforço seis meses após a primeira aplicação.

Indivíduos que na infância não foram infectados com a hepatite A e que não foram vacinados e, que viajam ou vivem em áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais não desenvolvidos, ou que, eventualmente, consomem água não tratada, devem ser vacinados.

Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas, pacientes com doença hepática crônica, portadores de hepatite B, de hepatite C e do HIV/AIDS ou com doenças da coagulação também devem ser vacinados para prevenir a hepatite A.

Também devem ser vacinados contra a hepatite A os homens que fazem sexo com homens, indivíduos que utilizam drogas injetáveis ou inaladas, pessoas que receberam transplantes de órgãos.

A hepatite A em geral é benigna e sem conseqüências em crianças, mas em adultos sem proteção pode ser muito perigosa, podendo levar a morte. Nos países que já instituíram a vacinação de todas as crianças ao completar 12 meses de vida a necessidade de transplantes de fígado por hepatite fulminante praticamente acabou.

Se você tem filhos com mais de 2 anos de idade consulte seu médico sobre a conveniência de vacinar as crianças para evitar a hepatite A.

HEPATITE B

A vacinação para prevenção da hepatite B deve ser realizada em três doses, sendo a segunda após 30 dias da primeira e a terceira aos 180 dias da primeira aplicação.

Devem receber a primeira, das três doses da vacina da hepatite B, todas as crianças ao nascer, nas primeiras 12 horas após o parto.

A vacina da hepatite B também outorga imunidade para evitar a hepatite D.

A vacina da hepatite B já demonstrou ser eficaz para reduzir a mortalidade por causa do câncer de fígado.

Correm maior risco de se infectar com hepatite B os familiares de pessoas infectadas, os parceiros sexuais de infectados, indivíduos que praticam relações sexuais com mais de um parceiro a cada seis meses, indivíduos com comportamento sexual de risco ou com múltiplos parceiros e todas as pessoas que estejam em tratamento de qualquer doença de transmissão sexual.

Indivíduos portadores de hepatite C e de HIV/AIDS devem, obrigatoriamente, aplicar a vacina para prevenir a hepatite B. Todos os usuários de drogas também devem ser vacinados. Transplantados de órgãos, pacientes de hemodiálise, hemofílicos e doenças crônicas devem procurar ser vacinados para evitar a hepatite B.

Se você está pretendendo viajar a regiões de alta endemicidade de hepatite B, como a região amazônica ou países da Ásia é prudente aplicar as três doses da vacina antes da viagem.

HEPATITE C

Não existe vacina para prevenção da hepatite C

OUTRAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO

A vacinação é somente uma parte na prevenção das hepatites, a qual deve incluir a pratica do sexo seguro (sempre use o preservativo) e não devem ser compartilhados objetos que possam ter estado expostos ao sangue, como instrumentos perfuro cortantes, alicates e instrumentos de manicure e pedicure, aparelhos de barbear e escovas de dente.

Se você não pode deixar de usar drogas, não compartilhe seringas, agulhas, canudos de aspiração ou qualquer outro material.

Lembre que os vírus das hepatites B e C sobrevivem por vários dias em um instrumento contaminado.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reportagem sobre requisição de remédios através da justiça

A hepatite foi causadora do maior volume de ações na Justiça para conseguir o direito de receber tratamento gratuito no SUS. Pacientes de outras doenças também necessitam recorrer ao judiciário para evitar o agravamento da saúde ou até a morte.

O Judiciário passou a ser um dos melhores hospitais públicos, muito mais sensível ao sofrimento do povo que alguns gestores do sistema público.

Vale a pena ver à reportagem. Algum dia você poderá ter que recorrer a Justiça!

TV JUSTIÇA - Dia 13 de outubro - 21.30 hs.
Programa Via Legal - Programa da Justiça Federal em parceria com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Conselho da Justiça Federal (CJF) e os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs) do País.

Reprises: Sexta-feira - 18.00 hs / Domingo - 18.00 hs / Terça-feira - 12.00 hs

TV BRASIL - Dia 13 de outubro - 6.00 hs.

TV CULTURA - Dia 16 de outubro - 8.30 hs. Programa Via Legal

Claudio Costa
Grupo Amarantes

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pesquisa Datafolha e Associação Paulista de Medicina confirma pressões de planos de saúde que inviabilizam o exercício da medicina e colocam em risco

O livre exercício da medicina está ameaçado, tirando-se como base os resultados de inédita pesquisa do Datafolha realizada a pedido da Associação Paulista de Medicina (APM). Ataques à autonomia dos médicos, interferência descabida na relação com os pacientes, pressões para redução de internações, de exames e outros procedimentos são problemas detectados em todo o estado de São Paulo.

O levantamento tem o intuito de conhecer a opinião dos médicos de São Paulo sobre a atuação das empresas de saúde suplementar. Foram entrevistados médicos cadastrados no Conselho Federal de Medicina (CFM), da ativa, que atendam a planos ou seguros de saúde particulares e tenham trabalhado com, no mínimo, 3 planos ou seguros saúde nos últimos 5 anos.

O campo ocorreu entre os dias 23 de junho e 18 de agosto de 2010. Houve 403 entrevistas, sendo 200 na capital e 203 no interior ou outras cidades da região metropolitana. A margem de erro máxima, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%, é de 5 pontos percentuais para o total da amostra e 7 pontos percentuais para capital e interior.

Principais conclusões

Tirando-se como base uma escala de zero a dez, o médico paulista atribui nota 4,7 para os planos ou seguros saúde no Brasil. Considerando apenas as empresas com as quais tem ou tiveram algum relacionamento nos últimos cinco anos, a avaliação é similar: nota média de 5,1 em escala de zero a dez.

Mais de 90% dos médicos denunciam interferência dos planos de saúde em sua autonomia profissional. No levantamento Datafolha/APM, em uma escala de zero a dez, é atribuída nota 6,0 para o grau de interferência dos planos de saúde. Nota maior é dada pelos médicos que atuam na capital. Para cerca de três em cada dez médicos, glosar procedimento ou medidas terapêuticas é o tipo de interferência que mais afeta a autonomia médica. Outros tipos de interferência muito apontados são quanto à solicitação de exames e procedimentos; atos diagnósticos ou terapêuticos mediante a designação de auditores; restrições a doenças preexistentes.


Confira a seguir alguns resultados relevantes da Pesquisa Datafolha/APM


Pior plano de saúde

** Há um empate entre os piores planos do Estado. Medial, Intermédica, Amil e Cassi são os mais citados.

Piores honorários

** Medial e Intermédica dividem o primeiro lugar como os planos que pagam os piores honorários médicos.

Procedimentos burocráticos

** Quando o assunto é burocracia há pulverização dos resultados. Oito planos dividem a primeira colocação como o mais burocrático. Três em cada dez médicos paulistas percebem que todos os planos ou seguro saúde são burocráticos.

Interferência na autonomia

** Cerca de nove em cada dez médicos declaram que há interferência dos planos ou seguros saúde que trabalham ou trabalharam, na autonomia técnica do médico. 52% afirmam que esta prática é comum a todos/maioria dos planos.

Maior interferência em tempo de internação

** Na opinião dos médicos, Amil Sul América, Cassi, Medial e Bradesco são os planos que mais interferem no tempo de internação.

Interferência no período de internação pré-operatório

** A opinião dos médicos da capital e interior difere quanto ao plano que mais interfere no período de internação pré-operatório. E, 31% acham que todos os planos interferem na mesma intensidade.

Glosas e medidas terapêuticas

** Amil, Sul América e Medial são os planos que mais glosam procedimento e medidas terapêuticas, segundo a pesquisa.

Interferência número de exames e procedimentos

** Amil, Medial, Intermédica e Sul América destacam-se como os que mais interferem no número de exames e procedimentos.

Interferência em atos diagnósticos e terapêuticos mediante designação de auditores

** Os mais citados são Amil, Medial e Sul América

Interferência dos planos ou seguros na autonomia técnica do médico, por tipo de serviço:

- Glosar procedimentos ou medidas terapêuticas 79%

- Número de exames ou procedimentos 77%

- Atos diagnósticos e terapêuticos mediante designação de auditores 71%

- Restrições a doenças pré-existentes 71%

- Tempo de internação a pacientes 56%

- Prescrição de medicamentos de alto custo 47%

- Período de internação pré-operatório 46%


Divulgação da assessoria de imprensa da Associação Paulista de Medicina

Claudio Costa
Grupo Amarantes

domingo, 3 de outubro de 2010

Testagem para Hepatite C em São Gonçalo














No dia 01/10/2010 o Grupo Amarantes de Apoio a Portadores de Hepatites de São Gonçalo, numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e apoio da Refrigerantes Flexa/Mineirinho (empresa de São Gonçalo) realizou uma testagem para hepatite c. Num ambiente descontraído foi servido Mineirinho, pipoca e algodão doce a todos que participaram do evento. Tivemos a presença de nosso Secretário Municipal de Saúde, Dr Daniel Jr e testamos cerca de 500 pessoas. Nossos agradecimentos:
• Ao Dr Daniel Jr – Secretario Municipal de Saúde
• A Kátia Codesso - Coordenadora do PSF incansável na organização do evento
• Ao Dr Kleiton, médico do PSF responsável pela testagem
• As enfermeiras que trabalharam na testagem
• A Refrigerantes Flexa/Mineirinho pela doação dos refrigerantes
• Aos Voluntários do Grupo Amarantes
• A população que compareceu em massa

HEPATITES VIRAIS – SÃO GONÇALO ESTA ATENTO!!!

Saudações Fraternas

Claudio Costa
Grupo Amarantes