quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Confraternização de Fim de Ano do Grupo Amarantes





O Grupo Amarantes realizou sua Confraternização de Fim de Ano no Clube Tamoio. Agradecemos a ajuda dos amigos: Paulinho Niterói (FUNASA/NITERÓI), Luiz Claudio Faria(FUNASA/NITEROI)meu irmão, Sergio Macedo (PRODERJ), Maria Candida e Maria Emilia do Grupo Genesis, e a todos os nossos amigos e associados. Não podemos nos esquecer também do Vice-presidente Elias (Clube Tamoio),futuro Presidente do clube que nos cedeu o espaço; muito obrigado Presidente, que DEUS abençoe você e sua familia. O Grupo Amarantes deseja a todos um FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Projeto dá aposentadoria integral a servidor com doença de fígado

A Câmara analisa o Projeto de Lei 5659/09, do Senado, que dá ao portador de doenças graves no fígado o direito à aposentadoria integral por invalidez permanente. A proposta altera o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis da União (Lei 8.112/90).

O projeto inclui a hepatopatia grave na lista das doenças que levam, obrigatoriamente, à aposentadoria por invalidez do servidor. O objetivo é assegurar a isonomia de tratamento entre os trabalhadores do setor público e da iniciativa privada, pois o Regime Geral da Previdência já prevê a possibilidade de aposentadoria integral por invalidez em decorrência de problemas no fígado.

Segundo o autor da proposta, senador Romeu Tuma (PTB-SP), o tratamento contra a hepatopatia grave não acompanhou os avanços no combate a outras moléstias, o que prova a necessidade de mudança da legislação. "A medicina brasileira muito evoluiu permitindo hoje transplantes do coração, rins, pulmão e outros órgãos. No entanto, o transplante de fígado é um dos mais complicados e o índice de sobrevivência é muito pequeno", ressalta.

Romeu Tuma lembra que o transplante de fígado, além dos riscos que envolvem qualquer cirurgia de grande porte, traz outros agravantes, como a obrigação de encontrar um doador compatível em poucas horas e o uso de potentes medicamentos para diminuir a possibilidade de rejeição.

Tramitação
A matéria será analisada, em caráter conclusivo e em regime de prioridade, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Const ituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
•PL-5659/2009
Reportagem - Marcelo Oliveira
Edição João Pitella Junior

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A dura realidade do 2º Colégio Eleitoral do RJ


Esclarecemos que em relação as hepatites virais, as drogas não são o único nem o maior meio de contaminação. Há muito tempo a velha pistola de vacinação e as seringas de vidro foram aposentadas; bancos de sangue foram fechados (quem se lembra do velho alfinete que servia para furar o dedo dos doadores)porém a contaminação continua de maneira acelerada. A inércia de SG em promover campanhas de esclarecimento e testagem já explodiu por diversas vezes uma terrível bomba viral, que contamina cem vezes mais que AIDS. Se em SP 10% das manicures estão contaminadas com hepatites do tipo b ou c, imaginem em nosso município. A caótica atuação da SMS, a falta de informação e a insistente desculpa que o município é pobre cada vez mais leva o sofrido povão a uma situação de calamidade pública, que o governo faz questão de esconder. Não adianta o Pronto Socorro funcionar bem se não existe resposta nos ambulatórios. A maioria dos males não pode ser tratada num pronto atendimento, carecem de políticas públicas de saúde eficientes que atendam as diversas demandas do município. O Grupo Amarantes deseja que nossos governantes acordem para o problema, e não se esqueçam que ano que vem entramos num ano eleitoral, e se os políticos do município não funcionam podemos buscar outros no município vizinho no caso NITERÓI.

Claudio Costa
Grupo Amarantes

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Infectados com AIDS ou hepatites não poderão ter filhos

Sim, essa e a nova lei no Qatar, país árabe. A partir de agora para poder casar os noivos deverão fazer testes e se positivos para AIDS, hepatites B ou C ou doenças genéticas serão proibidos de ter filhos.

A lei do governo do Qatar não somente é discriminatória, como considera que os portadores de algumas doenças são pessoas indignas de fazer parte da sociedade, os excluindo do direito sagrado do ser humano, o de se reproduzir, tal qual o Nazismo tentou fazer com o conceito da raça Ariana. Deveriam oferecer tratamento e não os proibir de ter filhos.

O Grupo Amarantes repudia as autoridades do Qatar e, solicita a todas as organizações que lutam pelos infectados com HIV e Hepatites que se manifestem contra a absurda discriminação.

Absurdo posicionamento, mas o extremismo dessa lei do governo do Qatar me faz lembrar a exigência que os bancos de sangue no Brasil ainda realizam a quem quer efetuar uma doação.

Na entrevista antes da doação se o potencial doador informar que na sua residência existe uma pessoa infectada com hepatite B ou C a doação não poderá ser efetuada, a não ser que o doador saia de casa e permaneça morando fora, longe de seu familiar infectado por mais de um ano, quando então poderá voltar e realizar a doação.

Sim caro leitor, quando já existem testes obrigatórios por lei, como o NAT, que deve ser realizado pelos bancos de sangue e detectam uma hepatite após duas semanas do provável contagio, pois a legislação do Ministério da Saúde, ultrapassada, ainda exige 12 meses de janela imunológica.

Fica ainda mais uma questão: Se 95% dos infectados com hepatite B ou C ainda não sabem que estão doentes, e dessa forma os familiares irão informar que ninguém na família tem hepatite, qual o real alcance dessa entrevista, qual a efetividade dela?

Aparentemente o mundo em vez de encarar as doenças prefere isolar os infectados em guetos. Primeiro foram os seguros de vida e planos de saúde de alguns países que exigem um exame médico para admitir novos clientes, depois políticos de alguns países apresentaram propostas para somente conceder visto de residência após exames de saúde, negando a residência a quem estiver doente. Na hepatite C o estigma após campanhas realizadas em conjunto a outros grupos de risco está fazendo com que a população entenda que todo infectado com hepatite C e usuário de drogas ou infectado com HIV/AIDS, como está acontecendo nos Estados Unidos.

A matéria do jornal árabe, traduzida literalmente a seguir, é encontrada em http://www.gulf-times.com/site/topics/article.asp?cu_no=2&item_no=331652&version=1&template_id=36&parent_id=16

Até 60% dos pacientes em tratamento da hepatite C não estão notificados

A importância do Controle Social fica mais que evidente ao verificar os resultados da denuncia efetuada pela Telma Alcazar, do MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região no Ministério Público.

Para responder ao Ministério Publico, o coordenador do Programa Estadual de Hepatites realizou um levantamento no mês de setembro, encontrando que dos 986 pacientes tratados da hepatite C no estado do Paraná, 477, representando 48,4% do total não estavam notificados, conforme exige a lei, já que se trata de uma doença de notificação compulsória, conforme a Portaria n° 5 de 21/02/2006 da secretaria de vigilância sanitária do ministério da saúde.

Pior ainda, na região de Londrina, onde fica o Grupo MegLon, dos 91 pacientes em tratamento, 55, representando 60,4% do total não se encontram notificados.

MEUS COMENTÁRIOS:

Já realizei um levantamento para estimar os casos que deveriam ser notificados pelos bancos de sangue, CTAs, hospitais públicos e médicos particulares, chegando a um resultado assombroso e assustador: até 80% dos casos suspeitos nas hepatites B e C não são notificados.

O levantamento realizado pelo Programa Estadual de Hepatites do Paraná demonstra o descontrole total que existem nas notificações ao se constatar que a metade dos pacientes em tratamento não se encontra notificada. No Rio de janeiro já encontramos pacientes transplantados, isso mesmo "transplantados" por causa de hepatite C que não estão notificados.

Parabenizo publicamente a Telma Alcazar pela denuncia realizada e, a Renato Lopez, coordenador do programa, por ter tido a honestidade de apresentar a realidade existente. Um exemplo que deveria ser seguido em todos os estados do Brasil, para tentar colocar ordem na casa.

Ao mesmo tempo fica no ar a pergunta: Qual o objetivo da Secretaria de Vigilância Epidemiologia do Ministério da Saúde, a qual sabendo, já de muito tempo da falta de notificação, nada faz para solucionar o problema?

É bom lembrar que não notificar e crime previsto em Lei, o qual pode dar até seis meses de prisão, mas também, quem tem a atribuição de controlar as notificações e sabendo da inexistência das notificações nada faz, também está cometendo o mesmo crime, por conivência. Não seria o caso de denunciar o Secretário de Vigilância Epidemiológica e o Secretario de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde na Policia Federal?

Estaremos realizando está pergunta a Defensoria Pública da União, pois deles deverá sair a denuncia crime se for cabível. Pode ser uma medida drástica, um golpe baixo, mas é necessário acabar com o sistema SINAN e criar um especifico para as hepatites, que possa ser preenchido eletronicamente na própria página do ministério da saúde por qualquer profissional da saúde.

Dificultar a notificação, pela complexidade do sistema, pela burocracia do mesmo, pode até ter como finalidade que os casos não cheguem a ser notificados e, dessa forma, ao não aparecer na estatística, a hepatite não é um grave problema de saúde no Brasil. Se o problema não aparece nos números, então não é necessário se dispor de ações e recursos para oferecer tratamento aos infectados.

O Grupo MegLon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região, segue os princípios de atuação no Controle Social da AIGA - Aliança Independente dos Grupos de Apoio, da qual faz parte.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Porque é conveniente tratar a hepatite C antes dos 50 anos

A cada dia são apresentados novos estudos que mostram a importância da idade para se conseguir sucesso com o tratamento da hepatite C, questão que coloca serias duvidas sobre se realmente vale a pena aguardar atingir um grau de fibrose F2 para se iniciar o tratamento.

Os pesquisadores de um estudo realizado com 569 pacientes infetados com o genótipo 1 da hepatite C, participantes da fase 2 dos ensaios clínicos com Pegasys e ribavirina ajustada ao peso do paciente, chamados NV15801 e NV15942 analisaram o fator idade dos pacientes para observar as chances de manter a resposta sustentada, conseguindo a cura da doença.

Os dados mostraram que quando os pacientes são separados pela idade de 50 anos, foi encontrado que os abaixo dos 50 anos conseguiram 52% de sucesso com o tratamento, já entre os pacientes acima dos 50 anos a possibilidade de cura era menor, de 39%.

O estudo apresenta varias comparações, mas a que mais chama a atenção e que existe uma diferença significativa na recidiva do vírus entre os pacientes que completaram o tratamento de 48 semanas com o vírus indetectavel. Após o tratamento 25% dos pacientes com menos 50 anos perderam o tratamento com a recidiva do vírus, mas entre os pacientes acima de 50 anos a perda do tratamento atingiu 41% dos pacientes na mesma condição.

Segundo os pesquisadores uma das probabilidades desse elevado índice de recidivas entre os pacientes com mais de 50 anos de idade poderia ser a que entre os pacientes de maior idade foram encontrados menores concentrações de ribavirina no sangue, já que em pacientes mais velhos se observa uma maior anemia, obrigando os médicos em muitos casos a diminuir a dosagem da ribavirina. A menor adesão à dosagem completa de ribavirina confirma ser o principal fator da recidiva do vírus após o final do tratamento

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
KR Reddy, D Messinger, M Popescu, and others. Peginterferon alfa-2a (40kDa) and ribavirin: comparable rates of sustained virological response in sub-sets of older and younger HCV genotype 1 patients. Journal of Viral Hepatitis 16(10): 724-731. October 2009

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo


O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org

domingo, 13 de dezembro de 2009

O chá verde pode ajudar o fígado?

Foi publicado em World Journal of Gastroenterology um estudo realizado pelo Prof. Hong-Yon Cho da Universidade da Coréia, realizado em ratos, pelo qual comprova (em animais) o efeito hepatoprotetor do chá verde.

Na pesquisa os ratos foram induzidos a produtos que comprovadamente prejudicam o fígado, o inflamando e provocando fibrose ou Colestase. Foram utilizadas substancias como álcool e tetraclorido carbono em todos os ratos para induzir o aparecimento das doenças.

Alguns ratos receberam um extrato de chá verde, outros nada receberam, objetivando comparar os dois grupos.

Os resultados mostraram que a administração do extrato de chá verde conseguiu prevenir o desenvolvimento da fibrose nos ratos expostos aos agentes causadores de danos no fígado. O efeito foi comprovado por biopsias dos fígados e por marcadores para medir a formação de colágeno no fígado.

Os pesquisadores concluem que o chá verde pode proteger as células do fígado ao reduzir o colágeno no fígado, podendo ser uma estratégia segura e efetiva para melhorar a fibrose existente.

MEUS COMENTÁRIOS

Devo alertar que a pesquisa foi feita em ratos e não em seres humanos. Muitas pesquisas realizadas em animais não se confirmam quando realizadas em seres humanos.

O chá verde e utilizado na China há mais de 2.000 anos, o que assegura uma boa confiabilidade quanto a não ocasionar efeitos maléficos à saúde, mas alguns cuidados devem ser tomados. Por exemplo, o chá verde em cápsulas pode causar problemas hepáticos, devendo ser totalmente evitado.

É muito fácil preparar o chá-verde, mas há algumas regras para preservar os princípios ativos da erva: coloque a água para ferver e assim que surgirem as primeiras bolhas de ar (antes de começar o processo de ebulição), apague o fogo. Acrescente a erva (o ideal são 2 colheres de sopa para 1 litro de água) e abafe por 2 ou 3 minutos. Depois é só coar e tomar.

Preparar o chá-verde com outra erva melhora o sabor. Pode ser erva-cidreira, hortelã, erva-doce. Ferver a água com um pedaço de casca de abacaxi ou de manga é outra tática para deixar o chá menos amargo.

Evite tomar o chá de estômago vazio ou muito cheio, diminuindo o risco de sentir enjoo ou azia.

Extraído da planta Camellia sinensis, tem altas concentrações de antioxidantes. Outra pesquisa, dessa vez realizada na Universidade de Tohoku, no Japão, e publicada recentemente no The Journal of the American Medical Association (Jama), mostrou que a erva é eficaz na prevenção de doenças do coração. Seus compostos reforçam as artérias, diminuem as taxas de colesterol ruim e bloqueiam o acúmulo de gordura na parede dos vasos sanguíneos.

Se você está tomando algum medicamento não beba o chá verde sem consultar seu médico. Não exagere bebendo mais de que cinco xícaras ao dia, pois o excesso e contraproducente para o fígado.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Antifibrotic effects of green tea on in vitro and in vivo models of liver fibrosis. - Kim HK, Yang TH, Cho HY. - World J Gastroenterol 2009; 15(41): 5200-5205

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org

A idade, o sexo e as possibilidades de curar a hepatite C

O avanço do conhecimento médico se consegue em função de evidencias comprovadas. Um dos melhores ''fornecedores'' desse conhecimento são os resultantes de estatísticas comparando grandes números de pacientes tratados obtidos por diferentes pesquisas, com os quais se consegue melhorar os conceitos dos tratamentos e assim aumentar a resposta terapêutica.

O ano de 2009 foi muito bom nesse sentido e a disseminação desses conhecimentos em congressos e publicações cientificas esta oferecendo aos infectados com as hepatites maiores possibilidades no relativo à quando e como tratar para conseguir uma maior possibilidade de cura.

Na hepatite C números estatísticos que surpreendem em relação à progressão da doença e ao tratamento são resultado de diversos estudos que comprovaram que são fatores muito importantes a ser considerados a idade, o sexo, o grau de fibrose, o tempo de infecção e a menopausa nas mulheres.

Um dos estudos pesquisou a importância da idade na progressão da fibrose selecionando 163 pacientes entre 23 e 84 anos de idade (media de 55 anos) com fibrose F3 ou superior. Foi encontrado de 66% dos homens apresentavam progressão de fibrose mais alta, igual ou superior a F3, mas entre as mulheres somente 41% tinham atingido grau de fibrose similar. Mas ao comparar somente os pacientes com menos de 50 anos de idade foi encontrado que 51% dos homens já tinham atingido esse grau de fibrose, mas surpreendentemente somente 11% das mulheres tinham chegado a sequer um grau F3. Já no grupo com mais de 50 anos, 77% dos homens atingiram a fibrose F3 ou superior e o percentual entre as mulheres atingia 61% delas, quase que igualando o percentual dos homens.

Sempre foi conhecido que mulheres apresentam uma progressão mais lenta que os homens, mas este estudo ao separar por faixas, abaixo e acima dos 50 anos, também inclui entre as mulheres o efeito da menopausa, já que estudos anteriores indicavam que poderia existir alguma correlação entre o estrogênio e a progressão da doença.

A conclusão dos pesquisadores confirma que as mulheres realmente progridem mais lentamente ate atingir a menopausa, mas que após a menopausa a progressão do dano hepático acelera fortemente. Os autores suspeitam que o estrogênio possa, sim, ser benéfico para as mulheres, sugerindo que após a menopausa de mulheres infectadas com a hepatite C a reposição hormonal com estrogênio deveria ser considerada para evitar a aceleração da progressão da fi

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Hepatitis C and Menopause: Interplay of Age, Gender, HCV Replication and Activity in Progression and Consequence for Therapy, Trépo, Bailly, Moreno, Lemmers, Adler, and Pradat - AASLD 2009

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo


O Grupo Amarantes e afiliado a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org

Saúde corta verba para medicamentos, dizem Estados

Jornal O Estado de S. Paulo - 04/12/2009

Documento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) afirma que o orçamento federal para a compra de medicamentos em 2010 é menor do que o deste ano. O valor de R$ 3,3 bilhões representa uma redução 4%, ou R$ 140,7 milhões, e deverá afetar até mesmo o abastecimento de medicamentos especiais, como os usados para o combate de doenças como o câncer e a hepatite, por exemplo, diz o órgão. Além disso, não condiz com a promessa de ampliação do uso e do número de medicamentos disponibilizados pela rede pública, anunciada na quarta-feira pelo governo federal.

"Toda a conformação do orçamento está na contramão do discurso do Ministério da Saúde", critica a presidente do conselho, Beatriz Dobashi, secretária da Saúde do Mato Grosso do Sul. "Não há como atualizar protocolos de tratamento e incorporar novas tecnologias. Sem recursos adicionais, haverá um colapso do sistema."

No total, o Conass cobra um acréscimo de R$ 8 bilhões aos R$ 31 bilhões que o governo pretende destinar a medicamentos especiais e básicos, ao financiamento de procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias cardiológicas, e à atenção básica, que engloba o atendimento em postos de saúde.

O documento do Conass destaca que os valores ofertados para média e alta complexidade, por exemplo, podem "trazer significativas dificuldades para a oferta e a ampliação de atendimentos". No caso dos medicamentos, segundo os secretários, "o valor é insuficiente para fazer frente ao crescimento da demanda". Segundo o Conass, o valor de R$ 2,4 bilhões para os remédios especiais representa 3,4% de redução em relação ao Orçamento 2009.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vacina da hepatite C - Apresentados resultados da pesquisa

A empresa sueca "Triped" que pesquisa desde o ano de 2002 uma vacina terapêutica, de nome "ChronVac" para ser utilizada no tratamento da hepatite C acaba de apresentar resultados prévios de mais uma fase das pesquisas.

A vacina "ChronVac" não é destinada para evitar a hepatite C sendo seu objetivo o tratamento de pessoas infectadas, tratando-se de uma vacina terapêutica.

A vacina foi aplicada em 12 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C com o objetivo de avaliar a segurança, os efeitos colaterais, a imunigenecidade e o efeito sobre a carga viral.

Diversas dosagens da vacina "ChronVac" foram experimentadas em quatro grupos de três pacientes cada. No grupo de maior dosagem foi conseguida uma redução de 2,4 LOG na carga viral, mas nenhum dos 12 pacientes conseguiu negativar o vírus utilizando a vacina.

Os pesquisadores informam que a intenção e utilizar a vacina em combinação com interferon peguilado e ribavirina, para tentar aumentar a resposta ao tratamento convencional, estudos que deverão ter inicio já em 2010.

A empresa comunica que foi autorizada pela agencia reguladora de medicamento da Suécia para dar início a um ensaio clinico para experimentar uma vacina "ChronVac" de segunda geração, desenhada para ser utilizada em monoterapia, isto é, sem necessidade de interferon e ribavirina.

É sonho de todos que algum dia possa existir uma vacina terapêutica, mas por enquanto todas as pesquisas fracassaram. A vacina "ChronVac" e a única que poderia ter possibilidades de sucesso, mas a chegada ao mercado, se tudo correr sem enfrentar qualquer tipo de problemas será coisa para daqui a uns cinco anos, nunca antes disso.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Release da empresa Triped - http://tripep.se

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

Laboratórios acusados de vender remédio contaminado propõem até R$ 50 mil a brasileiros; valor causa revolta

Fabiane Leite

Os laboratórios farmacêuticos Baxter, Bayer, Alpha e Armour ofereceram pagar entre R$ 14 mil e R$ 50 mil como indenização a cada um dos cerca de 300 hemofílicos brasileiros que teriam recebido, nos anos 80, medicamentos contaminados pelo HIV e pelo vírus da hepatite C, naquele que é considerado um dos maiores escândalos da indústria farmacêutica. Os casos não teriam ocorrido só no Brasil - os laboratórios são acusados de terem fornecido remédios contaminados a milhares de pacientes em um total de 15 países dos 5 continentes.

Advogados e parte dos pacientes brasileiros atingidos consideram os valores inadequados. Só o tratamento contra hepatite C no País pode custar aos cofres públicos, por paciente, R$ 72 mil ao ano, argumentam doentes.

As empresas divulgaram nesta semana um comunicado mundial sobre o acordo. "As empresas que produzem esses medicamentos concordaram com o acordo, que se refere a circunstâncias que ocorreram há mais de 20 anos, destacando que não tiveram responsabilidade pelo fato. (...) Reafirmam que sempre agiram de forma responsável e ética para fornecer terapias que salvam vidas dos pacientes com hemofilia em todo o mundo", dizem as multinacionais. Os laboratórios argumentam principalmente que as drogas foram produzidas em uma época em que era desconhecida a possibilidade de transmissão do vírus da aids pelo sangue, por exemplo.

No entanto, em 2003, reportagem do jornal norte-americano The New York Times apontou que as empresas sabiam que poderiam estar vendendo produtos contaminados.

Foi um crime contra a humanidade!

Se eu assinar esse acordo, estarei incentivando esses laboratórios a continuar contaminando e matando pessoas. O valor não vai trazer nossa saúde de volta, mas o que foi proposto não significa nada para eles, afirma o livreiro Luiz de Souza e Silva, de 62 anos, que afirma ter contraído hepatite C ao usar os remédios.

Segundo Leonardo Amarante, que representa no Brasil o escritório de advocacia norte-americano Lieff Cabraser, defensor da maior parte dos infectados no País, as empresas se beneficiaram depois que a Justiça daquele país recusou que os processos de brasileiros seguissem nos Estados Unidos. Com isso, afirma, quem não aceitar o que foi oferecido terá de ingressar com processo na Justiça brasileira, com todas as dificuldades inerentes.

"O processo nos EUA está perdido e os valores realmente são baixos. A vida não tem preço, mas é uma proposta que leva em conta o que ocorreu na Justiça norte-americana", afirma Amarante, que se recusou a falar de valores específicos. As indenizações ofertadas já descontam honorários advocatícios e variam em cada país, pois levam em conta a renda média da população.

O publicitário Renato Cunha, de 46 anos, que também processava os laboratórios nos EUA, cobra transparência sobre os valores originalmente ofertados, e as variações em cada País, ainda não comunicados aos doentes. "Não há valor que compense, mas esse é muito pequeno para um caso de contaminação", diz Cunha, que também afirma ter contraído hepatite C. O escritório informou que repassará a prestação de contas com os valores originais do acordo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

NOSSO REPRESENTANTE NO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE


As Hepatites Virais já tem um Conselheiro. Julio, presidente do Grupo Gada de Rio Preto/SP.

ENONG 2009/BRASILIA - FOTOS


Deputado Geraldo Tadeu - Presidente da Frente Parlamentar das Hepatites Virais

Brasilia 2009

O Grupo Amarantes no mês de novembro, participou do encontro de ONG's em Brasilia. Foi muito produtivo o encontro, trocamos experiências com outras ONG's, e constatamos que tratar hepatites não da prejuizo ao governo muito pelo contrário. Até agora estamos tentando entender por que a SMS terceiriza as sorologias enviando para os laboratórios particulares pagando um preço muito mais caro. Através de um contrato na forma de comodato com um laboratório ou representante, o os kits seriam comprados por R$8,00 cada na contrapartida, e pagos a R$18,00 pelo MS por cada exame realizado. A máquina seria emprestada pelo laboratório e devolvida quando acabassem os kits. Se fizessemos uma campanha testando cerca de mil municipes, gastariamos
R$8.000,00 (oito mil) e receberiamos do MS R$18.000,00.