domingo, 27 de setembro de 2009

O que é um Pólo de Aplicação?



Um Pólo de Aplicação para tratamento de Hepatite C, é um local onde se reúnem os portadores e ali tomam sua injeção de Interferon Peguilado. A grande vantagem do Polo, é que além de contarem com a presença de um hepatologista nos dias de aplicação, com as sobras de sua medicação (já que não é dose plena) trata-se um número maior de pacientes. Traduzindo: com dez ampolas de Peg, trata-se doze ou treze pessoas, e se cada um um fosse tomar a injeção em sua casa, a sobra seria jogada fora e haveria um desperdicio de dinheiro que poderia chegar a R$3.600,00 por semana. Mesmo com todas estas vantagens fica difícil de entender como Governo Estadual não incentiva a criação de Pólos no Estado do RJ. Foto do do Polo de Aplicação da Dra Eliane Bordalo e Grupo Genesis.

Eleições no Grupo Genesis


No dia 26 de setembro o Grupo Amarantes foi prestigiar as eleições do Grupo Genesis. Por aclamação M. Candida, foi reeleita. Parabéns M Candida, que "O Grande Arquiteto do Universo" continua a lhe de forças e sabedoria para trabalhar com os outros que precisam de você.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Roche inicia a fase 2 da pesquisa com o inibidor de polimerase

Muito se fala nos inibidores de proteases Telaprevir e Boceprevir para o tratamento da hepatite C, mas estudos avançados, já iniciando a fase 2 de um inibidor de polimerase, acabam de ter inicio em aproximadamente 300 pacientes de 45 centros médicos de diversos países.

Os 300 pacientes infectados com o genótipo 1 da hepatite C nunca antes tratados estarão recebendo até 24 semanas de interferon peguilado (Pegasys), ribavirina e o inibidor de polimerase RG7227/ITMN-191 para determinar a segurança e efetividade deste produto em combinação com o tratamento tradicional.

A pesquisa está sendo realizada pela Roche conjuntamente com a InterMune, empresa que está desenvolvendo o inibidor de polimerase. A pesquisa e randomisada e duplo-cego. O custo da fase 2 da pesquisa está estimado em 20 milhões de dólares.

Está tentativa representa um importante passo no desenvolvimento de medicamentos orais que quando utilizados conjuntamente com o interferon peguilado venham contribuir para aumentar a resposta terapêutica e possivelmente encurtar o tempo de tratamento. Os resultados preliminares da resposta virologica rápida deverão ser anunciados já no primeiro trimestre de 2010.

A expectativa dos pesquisadores e que nos próximos anos o tratamento da hepatite C será realizado com um coquetel de medicamentos, de forma especifica para cada paciente, combinando o interferon peguilado, substitutos análogos da ribavirina e diversos inibidores de replicação viral, de diferentes setores do vírus, permitindo dessa forma que os pacientes possam ter altas possibilidades de cura.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

Programa de Hepatites Virais do Ministério se integra ao Departamento de DST e Aids

O Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais está agora integrado ao Departamento de DST e Aids da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), dentro da estrutura do Ministério da Saúde. A estrutura passa, então, a se chamar Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. A mudança visa fortalecer as ações para o enfrentamento das doenças, principalmente no que se refere à prevenção, à assistência e à mobilização social.

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil, os principais vírus circulantes causam os tipos A, B, C e D da doença. “Vamos somar as nossas experiências à resposta do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV) para atender as pessoas afetadas”, disse Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Departamento. “Nosso compromisso sempre foi e será para com as pessoas.”

Eduardo Barbosa fez questão de ressaltar o quanto continuará sendo importante a colaboração do movimento social em hepatites e DST e aids, especialmente neste momento de transição. “Temos de avançar muito e o diálogo com os movimentos continuará sendo uma das principais tônicas de nosso trabalho.”

Ouvido pela nossa reportagem, Carlos Varaldo, fundador do Grupo Otimismo, que divulga informações sobre hepatites, presta orientação jurídica e promove grupos de apoio, entre outras ações, disse que já era hora de fazer mudanças no PNHV visando uma atenção maior aos doentes de hepatites. “Eu briguei para que o Programa fosse criado, mas tenho de reconhecer que, ao longo de quase 7 anos, ele avançou pouco. Sem o Programa estaríamos no mesmo lugar onde estamos”, disse Varaldo, citando os números. “Em 2003 entre 1.300 e 1.500 pacientes recebiam tratamento na hepatite B. Hoje são 2 mil. Crescer 50% em seis anos é natural em função do diagnóstico. Sem contar que o crescimento no número de pacientes em tratamento se deu nos primeiros três anos e, desde então, se mantém praticamente o mesmo.”

Varaldo acredita que a integração trará, sim, benefícios no tratamento da hepatite B, considerada Doença Sexualmente Transmissível, como o HIV. “Os infectologistas dos Centros de Referência de Aids poderão passar imediatamente a tratar a hepatite B, pois são tratamentos parecidos.” Ao mesmo tempo, ele levanta uma questão relativa às hepatites A e C. “Como um programa que cuida de DST vai cuidar de doenças que não são DSTs?

Ricardo Gadelha, coordenador do PNHV, explicou que a integração visa justamente tornar as ações mais amplas e abrangentes. “Vamos tratar o indivíduo como um todo, com um olhar integral, e não dividindo-o por sintomas e doenças como se ele fosse compartimentado’, disse Gadelha. “O paciente que tem HIV muitas vezes é o mesmo que tem uma hepatite, porque há muita coinfecção.”

Além de ressaltar a melhora nos serviços de saúde, com mais opções para os doentes de hepatite, Gadelha lembrou que o movimento social da aids tem muito o que acrescentar na luta contra a hepatite B. “Temos muito o que aprender com a experiência de mobilização da aids.”


Fátima Cardeal