domingo, 28 de junho de 2009

Dicas importantes

Dicas importantes!
Quem deve fazer marcadores virais para hepatites:
se recebeu transfusão de sangue, antes de 1992;
se usou drogas injetáveis ou inaladas, inclusive só uma vez, em qualquer época da vida;
se alguém da família esta infectada com algumas das hepatites;
se nos últimos 12 meses teve vários parceiros sexuais;
se você tem alguma doença sexualmente transmissível;
se você possui alguma tatuagem ou usa piercing;
se recebeu qualquer tipo de transplante de órgãos ou tecidos;
se você faz hemodiálise, é hemofílico ou HIV positivo;se suas transaminases estão elevadas;
Caso você esteja dentro deste padrão procure o posto de saúde mais próximo e sua residência. Qualquer duvida entre em contato conosco pelo telefone 8635-0325.

Saudações Fraternas

Claudio Costa
Grupo Amarantes

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Regressão da fibrose e da cirrose após cinco anos da cura da hepatite C

Um estudo realizado na Virginia Commonwealth University Medical Center, dos Estados Unidos, apresentado durante o congresso DDW-2009 mostra o que aconteceu com o estado do fígado nos pacientes após cinco anos da cura da hepatite C com o tratamento realizado utilizando interferon e ribavirina. Os resultados do estudo mostram que aqueles pacientes que respondem ao tratamento logrando a cura da doença conseguem melhorias impressionantes no estado do fígado, inclusive o desaparecimento da cirrose, conforme explica o Dr. Richard Sterling, um dos coordenadores do estudo. Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no hospital desde o ano de 1991 comparando o resultado das biopsias realizadas quando diagnosticados, com o resultado de biopsias realizadas anos após. Um grupo de 230 pacientes foi acompanhado durante cinco anos, entre esses pacientes 41 recusaram receber o tratamento e 189 foram tratados com interferon, mas não conseguiram resposta com o tratamento, permanecendo infectados. Um segundo grupo era formado por 102 pacientes que conseguiram a cura da doença (resposta sustentada) com o tratamento utilizando o interferon. Entre os que conseguiram a cura da doença a biopsia inicial mostrava que 29% apresentavam fibrose portal, 52% apresentavam fibrose em pontes e, 19% se encontravam com cirrose. Ao se comparar o resultado das biopsias realizadas cinco anos antes com o estagio atual do fígado no grupo que não obteve a cura com a biopsia dos pacientes que não aceitaram o tratamento foi observado que não existia nenhuma diferença significante em relação à progressão da doença, demonstrando que o tratamento fracassado não produzia nenhum beneficio em relação à inflamação ou ao grau de fibrose ou cirrose. Quando comparadas biopsias realizadas antes do tratamento com as realizadas cinco anos após obter a cura nos 102 pacientes do segundo grupo foi observada uma redução significante no grau de fibroses: - Entre os pacientes que antes do tratamento apresentavam fibrose portal, 73% deles não apresentavam fibrose após 5 anos de obter a cura da doença, enquanto 20% permaneciam com o mesmo grau de fibroses; - Entre os pacientes que antes do tratamento apresentavam fibrose em pontes, 35% deles não apresentavam fibrose após 5 anos de obter a cura da doença, enquanto 23% conseguiram reduzir o grau de fibroses, 38% permaneceram inalterados e 4% progrediram para a cirrose; - Entre os pacientes com cirrose antes do tratamento que obtiveram a cura com o tratamento, a metade deles apresentou melhoras no dano hepático, sendo que 10% não apresentavam nenhuma fibrose, 10% tinham melhorado apresentado fibrose portal, 30% apresentavam fibrose em pontes, enquanto 50% deles permaneciam cirróticos. Concluem os pesquisadores que os pacientes que conseguem a cura da doença utilizando o interferon convencional ou o interferon peguilado, com ou sem ribavirina, obtém excelentes benefícios no dano hepático. MEU COMENTÁRIO: Com o passar dos anos é emocionante verificar os benefícios que consegue o paciente que cura a hepatite C, comprovando por diversos estudos que o fígado possui um formidável poder de recuperação. Alerto para levar em consideração que o fígado consegue se regenerar se não existem outros fatores que permaneçam afetando seu funcionamento, isto é, se o paciente somente esta infectado com a hepatite C e consegue curar a doença o fígado vai se regenerar lentamente, mas se existem outras doenças ou condições que continuam a atacar o fígado, então o dano hepático vai continuar progredindo. Faço o alerta porque e muito comum que indivíduos que curam a hepatite C me perguntam se podem voltar a ingerir bebidas alcoólicas, levando como resposta da minha parte que cada um é dono de seu livre arbítrio e se suicida com o veneno que quiser, explicando a seguir que ele conseguiu eliminar o vírus da hepatite, mas que isso não significa que o fígado fico automaticamente livre de qualquer dano ou estrago. Os dados desta pesquisa mostram que é possível regenerar o fígado, mas que se trata de um processo lento, demorado, que em muito vai depender de como o próprio paciente ajuda para que essa regeneração possa acontecer. Nunca esqueçam que álcool, peso acima do normal, diabetes, pressão alta, outras hepatites, HIV/AIDS, vida sedentária, estresse, etc. etc., também afetam o fígado! Não é possível uma comparação exata com a escala Metavir, mas aproximadamente uma fibrose portal poderia se situar como uma fibrose F1 e uma fibrose em pontes poderia se situar aproximadamente como uma fibrose F2 ou F3.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:Shiffman M, et al "The long term effects of interferon based (IFNTx) therapy on hepatic histology in patients with chronic hepatitis C virus: results of a five year prospective evaluation on fibrosis progression and fibrosis regression" DDW 2009; Abstract 7.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

domingo, 14 de junho de 2009

Palestra na Comunidade Evangélica Transformando Vidas




Agradecemos a amiga Vera (Assistente Social), Pastor Claudio Borges, e a toda Igreja pela oportunidade de realizar e palestra.




Reunião do Grupo Genesis em 30/05.








O Grupo Amarantes participou também da reunião do Grupo Genesis.

Mais eventos no mês de maio








O Grupo Amarantes participou da panfletagem pelo Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais com o Grupo Genesis em Niterói no dia 19/05.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Hepatite B - Tratamento com interferon peguilado

Existem diversos medicamentos para o tratamento da hepatite B, mas somente o interferon, convencional ou peguilado, possui propriedades imunomoduladoras e antivirais. As principais vantagens do interferon em relação aos medicamentos de uso orais (chamados de análogos nucleósidos) e que o mesmo não provoca resistência viral, sendo utilizado por um tempo definido e apresenta maior probabilidade de depurar o HBsAg. Aproximadamente 30% dos infectados HBeAg Positivos e 40% dos infetados HBeAg negativos conseguem a resposta virologica sustentada. A resposta virologica sustentada e quando seis meses após o final do tratamento acontece a soroconversão do HBeAg e/ou o vírus fica em níveis inferiores a 20.000 copias/ml quando realizada a carga viral (HBV/DNA). Quando empregado o interferon peguilado o tratamento tem uma duração de 48 semanas. Estudos recentes que acompanham os pacientes por vários anos demonstram que os resultados permanecem em 80% dos pacientes que conseguiram a soroconversão do HBeAg e em 50% dos que obtiveram resultados de carga viral inferior a 20.000 copias/ml. O genótipo do vírus da hepatite B passa a ter um fator prognostico fundamental na indicação do interferon, já que os pacientes HBeAg Positivos infectados com o genótipo A tem maior possibilidade de sucesso com a utilização do interferon, já os pacientes HBeAg Negativos infectados com o genótipo D apresentam pouca resposta ao tratamento com o interferon. Muitos médicos, baseados no prognostico de resposta conforme explicado no parágrafo anterior, recomendam que o tratamento inicial seja realizado com o interferon peguilado e, se não se consegue resposta terapêutica passar então para os medicamentos análogos de uso oral.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A vitamina B12 pode ajudar no tratamento da hepatite C?

Um estudo publicado na revista "Gastroenterology and Hepatology" e que foi apresentado pelos autores durante o DDW-2009 que aconteceu semana passada em Chicago, Estados Unidos informa que níveis maiores de vitamina B12 encontrados no soro dos pacientes infectados com a hepatite C podem significar uma maior possibilidade de sucesso com o tratamento. O estudo foi realizado no Karolinska Institute, de Estocolmo, objetivando constatar se o nível de vitamina B12 armazenado nas células do fígado poderia interferir inibindo a replicação do vírus da hepatite C durante o tratamento. O estudo foi realizado de forma retrospectiva incluindo 99 pacientes nunca antes tratados com antivirais, nos quais antes do tratamento foi determinado o nível de vitamina B12 no soro. Os infectados com os genótipos 1 ou 4 receberam o tratamento normal de 48 semanas com interferon peguilado e ribavirina e os infectados com os genótipos 2 ou 3 receberam 24 semanas de tratamento. A relação entre os níveis de vitamina B12 antes do tratamento foi comparada com a resposta virologica ao final do tratamento, não com a resposta sustentada. A média do nível de vitamina B12 no soro dos pacientes que terminaram o tratamento negativados era de 331 pmol/L, significativamente mais alta que a media encontrada entre os pacientes não respondedores, que foi de 260 pmol/L. Quando observado como ponto de quebra estatístico o nível de vitamina B12 no soro de 360 pmol/L antes do tratamento foi encontrado que entre os que apresentavam níveis inferiores a esse nível, 68,5% conseguiram se encontrar negativos ao final do tratamento e 31,5% não eram respondedores ao tratamento. Já no grupo de pacientes em que o nível de vitamina B12 no soro era superior aos 360 pmol/L antes do tratamento, 96,2% conseguiram se encontrar negativos ao final do tratamento e somente 3,8% eram os não respondedores. Concluem os pesquisadores que níveis de vitamina B12 no soro antes do tratamento superiores a 360 pmol/L podem beneficiar os pacientes, possibilitando maior possibilidade de concluírem o tratamento negativados, porém, a associação entre os níveis de vitamina B12 e os resultados encontrados na pesquisa ainda não estão totalmente compreendidos. MEU COMENTÁRIO:Passados somente 20 anos do descobrimento do vírus da hepatite C a cada novo congresso os pesquisadores se encontram em condições de poder apresentar estudos deste tipo, onde a experiência de milhares de pacientes tratados leva a observar pequenas diferenças que acontecem entre os que conseguem negativar o vírus e os não respondedores.Se for benéfico ou prudente o paciente tomar vitamina B12 antes e durante o tratamento é uma questão que por enquanto não tem resposta, mas é um fator que seriamente deverá ser observado pelos pesquisadores. Sei que a vitamina B12 e segura, mas ninguém deve se "entupir" tomando dosagens acima do recomendado na bula, quando então o efeito será contraproducente. Antes de tomar qualquer medicamento, suplemento ou vitamina fale com seu médico!

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:P Rosenberg and K Hagen. Serum B12 Levels Predict Response to Treatment with Interferon and Ribavirin in Patients with Chronic HCV Infection. Digestive Disease Week (DDW 2009). Chicago. May 30-June 4, 2009. Abstract M1793. - Gastroenterology and Hepatology, Karolinska University Hospital, Stockholm, Sweden; Department of Medicine, Karolinska Institutet, Stockholm, Sweden

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A NUTRIÇÃO E A DEPRESSÃO DURANTE O TRATAMENTO

Durante o tratamento da hepatite C, são muitos os fatores que podem afetar o estado mental. Entre estes, podemos mencionar os efeitos colaterais do Interferon e da Ribavirina, a alimentação, o estado espiritual, os fatores psicológicos, as condições sociais e ambientais, e o estado nutricional do portador. A depressão tem de ser tratada pelo médico que trata a hepatite C e se necessário conjuntamente com um psicólogo. Porém, há pequenas coisas que podem ajudar a diminuir ou combater a depressão, como uma alimentação correta que contemple a suplementação de nutrientes, dos quais, reconhecidamente, carecem as pessoas depressivas. Deficiências de nutrientes como folato (acido fólico), tiamina (vitamina B1), niacina (encontrada na vitamina B3), piridoxina (encontrada na vitamina B6) e cobalamina (vitamina B12) são associadas a sintomas como a irritabilidade, a confusão mental, falta de concentração, falta de vontade e depressão. O consumo de alimentos que contém estas vitaminas previne suas deficiências e pode ajudar a reduzir a intensidade dos sintomas. Entre os alimentos que podem ajudar a manter níveis elevados destes nutrientes temos os que contém: - TIAMINA (vitamina B1), como a carne de porco, o gérmen de trigo, os peixes, as aves, como o frango e os ovos; - NIACINA (encontrada na vitamina B3), como a carne vermelha, carnes brancas e peixe; - PIRIDOXINA (encontrada na vitamina B6), como a carne vermelha, nas aves e nos peixes gordurosos como o salmão ou atum; - COBALAMINA (vitamina B12), como as carnes vermelhas e nas brancas. O fígado destes animais é uma boa fonte; - FOLATO (acido fólico), encontrado no gérmen de trigo e na levedura de cerveja. Pode parecer contraditório recomendar comer carnes vermelhas ou patê de fígado, porém, devemos lembrar que não podemos deixar de nos alimentar, e que deve sempre ser seguida uma alimentação balanceada. Pequenas porções de todos os alimentos são necessárias para suprir as necessidades de vitaminas e minerais do organismo. Não podemos ser radicais! Existindo um metabolismo anormal do açúcar, podem ocorrer hipoglicemia e sintomas associados, como crises nervosas, desesperação, irritabilidade, tudo seguido de uma etapa de cansaço e sonolência. Ocorre ainda que, ao se metabolizar o açúcar refinado, são utilizadas as poucas reservas que restam ao paciente carente destas vitaminas. A cafeína pode causar irritabilidade, ansiedade, insônia e fadiga. Existem alguns alimentos que podem causar alergia ou maior sensitividade em algumas pessoas. Estes efeitos de alergia e sensitividade incluem sonolência, falta de concentração, insônia e alguns outros. Conselhos de alimentação no tratamento da depressão durante o tratamento - Não pule as refeições. Respeite os horários, mantendo uma rotina regular. - Faça três refeições e dois ou três lanches durante o dia, a intervalos regulares. - Beba muita água, em pequenas doses, durante todo o dia. O recomendado são cinco litros por dia. Acostume-se a carregar uma garrafa com você. - Diminua ou elimine a cafeína, café, chocolate, bebidas com gás (refrigerantes) e o açúcar refinado. - Elimine alimentos aos quais possa ter alergia ou acentuada sensibilidade. Alguns destes poderiam ser o tomate, o café ou o chocolate, porém a eliminação de qualquer alimento deve estar de acordo com a resposta individual com a reação de seu organismo. - Combinar uma alimentação saudável e balanceada com atividades físicas, preferivelmente ao ar livre, como uma caminhada, andar de bicicleta ou a prática da natação ou hidroginástica, e mais uma leve ou moderada exposição ao sol dá bons resultados. - Elimine definitivamente as bebidas alcoólicas. - Se necessário, tome suplementos com vitaminas do complexo B, consultando antes seu médico. - Devemos ter sempre presente que o que comemos afeta não somente nosso corpo, como também nosso estado emocional. - Tente alimentar o corpo com alimentos sadios; a mente, com pensamentos positivos, e o espírito, com a confiança e o amor da energia divina, sempre confiando que os medicamentos necessários ao tratamento conseguirão o beneficio da cura.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo